quarta-feira, 21 de março de 2012



PLENITUDE
Vivi o tempo do amor,
Desfrutei suas delícias.
Amei forte sorri farta,
Iluminei o sol.
Fui ternura,
Cometi loucuras,
Escalei abismos,
E abracei o mundo.
Plantei estrelas, flutuei no éter,
Amei assim, sem limites,
Escancarada e nua.
Guardei na alma o núcleo do êxtase,
No corpo a memória do imortal,
E amei assim, só assim sei amar.

Ruth Maria Perrella

 
DESFECHO


Procurei você,
Gritei bem alto seu nome,
Apenas a solidão respondeu.
Perdida nas próprias entranhas,
Vaguei em prantos de saudade.

Tateei cega minha sombra,
Em fuga da morte lenta.
Ergui o olhar...
Onde me esqueci de viver?

Estilhacei a dor, sem trégua.
Sequei a lágrima,
Corri distante do claustro,
Enterrei a desonra.

Em roupagem de luz,
Vesti meu eu,
Renasci!

Ruth Maria Perrella

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