sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A liberdade que nao me deram


Ternura
Compreende: não é a minha Ternura que te nego.
É antes, a casa que não é minha,
A liberdade que não me deram,
As horas que me arrancam.
Minha Ternura, essa está intacta,
Ninguém a pode roubar.
É como a Casa que eu sempre sonhei,
Onde viveriam todos os Amigos,
Como a liberdade de andar pelas ruas sem tempo,
Como as horas da noite que eu guardo para os sonhos
Antes de dormir.

Anoiteceu...

Os passos do mundo descalços me levaram.
As brisas escorrendo por alamedas desconhecidas
sussurram os sons que eu amava.
Pessoas falavam meu verso
sem saber que meu verso
era nascido delas.


Meu tempo sem medo,
e estas ruas todas,
casas brancas - telhados céu
- portas abertas - meu grito!

Crianças coloridas vestiram-se
- gente grande - e...
Rodaram na ciranda comigo.

Os jardins mostraram flores do eternamente.
Meu caminho ficou forte!
A palavra triste - razão inversa
gente que não foi menino
ficou numa estrada de ontem

Há uma sinfonia de hoje e sempre
Se estendendo pelo espaço de todo espaço.
Um canto forte me buscando:
Eu ouço no caminho...
Eu vou!


Choveu a chuva e o olhar se acostumou ao pranto.
Há que haver e houve o novo céu, o encanto.
Levei a mão e apanhei a flor,
Passei na calma pela minha dor:
Os passos do mundo descalços me levaram...

Sou um poeta no tempo
.

Antonio MarcosCantor e Compositor

{...}

Tenho estatura comum,
olhos e cabelos castanhos
 eu gaguejo um pouco
Quando fico nervoso.
Tenho esperado que se
termine logo o metrô
que é para eu
chegar mais depressa
Em meu trabalho.
Ando meio sem jeito
ultimamente
[...]
Sou o que vem
e o que vai
Mas, você
nunca sabe.
Sou de um tempo, 
Antonio Marcos

(Música :    https://www.letras.mus.br/antonio-marcos/393597/   }

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

EXISTE UMA SOLIDÃO QUE NOS FAZ ANÃO.
E OUTRA QUE NOS FAZ GIGANTES...
AS PESSOAS MAIS BONITAS QUE CONHEÇO
SÃO AS QUE SE VESTEM DE SI MESMA.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

em extinção

Essa sensação, de vez em quando, de ser estrangeiro
e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, 
uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. 
Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada.
Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece 
se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. 
Esse cuidado espontâneo com os outros. 
Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. 
Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói 
se sentir ferido.

Ana Jacomo

sábado, 25 de novembro de 2017

Travessia ?

"Já atravessei vários desertos,
Dentro e fora de mim...!

Bruno de Paula

domingo, 19 de novembro de 2017

Não existo.
Começo a conhecer-me.
Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.

[Álvaro de Campos]

heterônimo de Fernando Pessoa

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Musical stop

Uma música sem indícios de stop,
A três luas danço insanamente,
Pés consumidos. trincas no teto,
Trançam as pernas, dói o ritmo.
Arranjo em sustenido ou bemol,
Solta o som do pensamento
Deixe a cadência fluir.
Treme a pista escorregadia,
Cai a noite descontrolada,
O canto é preciso
enquanto for preciso
cantar.

(gustavo drummond)

Johnny Mathis \ Evie

Entre tantas
que não se explica,
uma canção !
Um delírio,
um tempo.
Uma saudade
criança.
Tempo de
esperanças.
Um sonho,
apenas...

sábado, 11 de novembro de 2017

Renúncia ( I'll be over you. by Toto)


O  poema sentido,
traduzido em dor,
não se assume.
Fere, esmaga
É sangue preso,
Represado.
Dolorido.
Queima  a alma
Explode 
em
Amor.
Incoerente,
Reprimido! 









quinta-feira, 2 de novembro de 2017

VAMOS FALAR DE AMOR? Dolandmay Walter


DIGA-ME, AMOR...

Como posso amar assim como eu te amo
Que amor é esse a me perder
Esqueço tudo nem me lembro do engano
Que o amor pode a gente envolver...
Que paixão é essa que me faz
Te procurar o tempo todo e não desfaz
A vontade louca de te amar...
Tanta coisa me disfarça sem que a dor
Consigo disfarçar por tua ausência
Como eu te amo assim com tão primor
Se nem viver por mim é tua essência...
Amor, quero te dizer que neste mundo
Eu nunca amei alguém assim igual
Meu coração jamais pulsou tão profundo
Como pulsa ao teu amor não é normal...
Que amor é esse a me perder
Esqueço tudo nem me lembro do engano
Que o amor pode a gente envolver
Como posso amar assim como eu te amo...
Dolandmay Walter
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"In letras de música"

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

INESQUECÍVEIS ! Forever young, still loving you

Houve um tempo em que a gente chorava sim !
Mas era um choro somente de amor,
de saudade que vinha junto com tanta esperança.
Havia confiança no outro. 
Uma certeza tão grande na dignidade do ser
que o choro era de um sentimento para não perder. 
Esperando a volta,
as lágrimas escorriam no rosto,
 inundavam mesmo. 
Ah... a antiga esperança no ser !!!

sábado, 9 de setembro de 2017

Falta ...

Sua mentira 
Faz parte de a sua vida vazia, 
Dos dias sem rima
Das palavras sem sentido,
Sentimentos reprimidos, 
Ou do silêncio que esconde
Um fardo,
Um asco.
Sem identificação  !

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Não sabe ?

Sabe porque o silencio machuca?
Porque ele esconde palavras que gostaríamos que fossem ditas.
 Sabe porque a traição dói tanto?
 Porque nunca vem dos inimigos e
 sim das pessoas que mais amamos na vida.
Sabe porque não existe um meio de voltar no tempo?
Porque se existisse nunca aprenderíamos a seguir em frente!


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

É desse jeitinho que te amo ...❤️ 

Não me ame, 
da forma mais fácil de se amar.
Não sabes que os olhos traem ?
Que o tempo denuncia ?
Que a beleza se apaga ?

Ama-me,
como ama o vento
quando corre solto
carregando o perfume dos pinheiros.

Ama-me
mesmo dentro de minha ausência,
quando sua alma, já inquieta,
fizer de seus olhos saudades.

Ama-me,
como um poeta.
Que, por não saber amar,
faz dos sentimentos seu maior castigo.

__ Bruno de Paula

domingo, 20 de agosto de 2017

Vim dizer-te para esperares que eu fale.
Pus na mala alguns ressentimentos.
Um ou dois.
Um pouco de dor.
O que me lembro.
Algumas palavras boas,
É a tua vez.
Tudo o que restou, 
Espalhei na garganta.
Estou aqui. Não tenhas medo. Abre a porta.
Não vim para ficar alguns dias.
Vim buscar-te.

(Khalil Gibran)

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Quando as estrelas partem ... o coração !

A  música que não tocou,  
Matou a esperança.
 que você nem viu,
Não sentiu.
Não esperou !!!
E isso é tudo !


quinta-feira, 10 de agosto de 2017



Não fale.
 Um sopro, a menor vogal pode me desamparar.
 E se eu abrir a boca minha alma vai rachar.
 O silêncio, aprendo, pode construir. É um modo
 denso/tenso - de coexistir.
 Calar, às vezes, é fina forma de amar.

Affonso Romano de Sant'Anna

terça-feira, 1 de agosto de 2017

MOVIMENTO

Move-se o vulcão extinto,
Caminha o rio deserto,
Perambula o mar tonto
Corre sangue na veia estática,
Ritual profano, faminto,
O longe agora está perto,
A interrogação é um ponto
de partida; solução prática
para questão insolúvel,
para uma vida volúvel,
vislumbrando o tempo presente.

(gustavo   drummond)

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Prematuro



Comer os frutos
antes de estarem maduros,
beber da virgem fonte
antes que exista  fome,
participar dos cultos
enquanto não se é  ateu,
desfrutar o futuro
dantes que se faça presente,
assumir  um nome
sem  que haja  o   eu,
se deliciar com o amor,
quando  nada se sente.

(gustavo  drummond)

quinta-feira, 13 de julho de 2017

ACIDENTE  LÚDICO

Eclodiu  uma estrela
Na  intimidade de minha alma.
implodiu uma  rosa de ônix
na profundidade de meu olhar.
Emergiu um  pensamento  atroz
Na  atrocidade do amor.
Nasceu uma manhã do lado direito
Do estreito de coral, colocado
entre sargaços e savanas,
do mar do sertão árido.
E tudo ficou resumido
No contexto do poema.
No incesto astral,
No destro ser,
Da sinfonia inacabada.

(Gustavo  Drummond)

sábado, 1 de julho de 2017

Divagações



afirmam os estetas:
 ter certeza
 é subjetivo
 substantivo
 sincretismo
 concreto
 objeto indireto
 verbo intransigente
 entre dúvidas, certezas
 (pobre da gente ...)
 vamos vivendo
 sem pressa
 sem preço
 sem paz
 quase certamente ...

[Gustavo Drummond

segunda-feira, 26 de junho de 2017

TARDE DEMAIS

Eu tinha planos
para serem construidos,
tantas coisas para fazer,
muitos versos para escrever,
sonhos ousados, insanos,
ideias inacabadas,
tudo num repente
demolido, destruído,
a hora estava marcada,
eu não queria, nem sabia,
um golpe traiçoeiro, inclemente
colocou fim em minha vida,
sem fala, sem ver, nada ouvia,
vazio imenso, um branco total,,
sem adeus, meu ponto final.

[gustavo drummond]

domingo, 11 de junho de 2017

~○○~  E um dia você vai perceber que valeu a pena sim, cada lágrima, cada palavra sem sentido que você ouviu por ai, cada porta que bateram impiedosamente em sua cara, cada rejeição, humilhação, dor ou sofrimento. Pode até parecer absurdo o que falo, mas um dia você vai sentir sim, que tudo valeu a pena, que tudo foi preciso, para que você pudesse entender que as vezes certas situações nos tornam sábios , que certas dores nos tornam fortes e que certas humilhações nos fazem ser honrados por Deus... nada é em vão nesta vida, tudo é aprendizado... tudo é crescimento.
Tenho aprendido tanto...
__________Cecília Sfalsin

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Novo coração...

A vida arrancou de mim lágrimas...
mas nao conseguiu apagar o meu sorriso.
A vida partiu o meu coração...
mas nao conseguiu partir a minha alma.
Roubou-me ilusões,
mas nao consegue tirar meus sonhos.
A vida poderá, ao longo dos anos, colocar outras rugas em meu rosto...
mas, nao conseguirá envelhecer o meu coração !

quarta-feira, 31 de maio de 2017

terça-feira, 30 de maio de 2017

Confesso



houve um tempo, quem diria,
vento, chuva, ventania
acuavam os meus saltos
nos porões do pensamento
inquietas, as nuvens da manhã
na vigília das coisas dormentes
corria pelo meu céu inteiro, todinho
vasculhando os cantos
catando as folhas das falhas
deitando rastros e fachos
da poeira do julgamento
que, dementada, importava.
houve um lugar, quem queria
vulto, sombras, sesmarias
esparramadas pelo planalto
nos sotões do firmamento,
açoitando os encantos,
 minando molhos das, malhas,
apagando digitais,frutas e cachos;,
sinto  o que alguém sente,
o estar com voce, sozinhos
se eternizando em efêmero momento.

(Lena Ferreira/Gustavo Drummond)

sábado, 27 de maio de 2017

A procura



" Não quero alguém que morra de amor por mim. Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim... Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível. E que esse momento será inesquecível. Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre.
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou... "

(Mário Quintana)

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Pagão


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A vida segue-me andando
Sem que o destino possa-me compor...
Qual sol? Qual luar? Ando
Sem saber onde encontrar o amor...

Qual chorar? Qual mágoa? Pecando
As sombras desse caminho... Nem dor
A mimh’alma desdenhando
Possa-me servir qualquer vigor...

Lágrimas encontram-me à cadência...
Qual sofrer? S’em nada pensa
A esse falsando que ninguém viu...

A essa vida, eu respondo:
Vai andando... e cantando... compondo
A encontrar quem lhe sorriu!...

Dolandmay Walter

domingo, 21 de maio de 2017

Aos pedaços ?

Como posso escrever o que sinto,
se o que sinto,
não mais me pertence ?
Meus poemas,
são feridas mal curadas;
Palavras caladas;
Solidão em devaneio,
que carrega pedaços de mim.

__ Bruno de Paula

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Rubem.Alves

"Somos assim. Sonhamos o vôo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o vôo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.

É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que se as portas das gaiolas estivessem abertas eles voariam. A verdade é o oposto. Os homens preferem as gaiolas ao vôo. São eles mesmos que constroem as gaiolas onde passarão as suas vidas."
                               ( Rubem Alves )

domingo, 16 de abril de 2017

Abismos,

Abismos
Percorri o céu,
e o centro da Terra,
procurando algum abrigo,
mas me recolhi
solitária
ao centro do meu peito...

Ao meu amor,
misterioso e extremo,
dedico
o final e o recomeço...

Expulsando a tristeza,
com espantosa
ousadia,
grito bem alto sobre o penhasco,
e novamente me atiro,
nos braços
de amorosos abismos...

reggina moon

domingo, 9 de abril de 2017

O corpo pode suportar muitas dores, mas a alma não.
A vida é capaz de acalentar seu coração, mas massacrar seus sonhos.
Sorrisos podem disfarçar o que se sente, mas só a mente sabe o que se passa.
Quão bom seria que nesse teatro chamado vida, as vezes pudéssemos fechar as cortinas e sair de cena. Mas nem isso podemos.
Estamos fadados... fadados ao fracasso, a esboços de felicidade pra viver nessa sociedade que muito espera e pouco oferece.

Ah o dia! O dia que o fim deste "livro" chegar, vou é vibrar, pois depois de tantas páginas de tormento, e falsidade alheia, enfim poderei repousar no leito do pai.
 Prof. Douglas Oliveira 

quarta-feira, 29 de março de 2017

Livres

Houve quem fosse a razão de meus versos. Os mais bonitos que eu podia escrever. Versos são voos rasantes sobre o mar, volteiam e continuam a voar. Versos buscam a imensidão, como pássaros fugindo do frio, versos são pássaros que buscam o verão. Pássaros são livres, como os versos também são. Houve quem quisesse meus versos presos, como quem os coloca em um livro. Poetas não são livros e versos devem ser livres, afinal, não pode haver gaiolas para um coração.
LIVRES
JPalmaJr

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

e fim ....I'm sorry, I hope That you're well


AdeleHello
It's me
I was wondering if after all these years
You'd like to meet
To go over
Everything
They say that time's supposed to heal ya
But I ain't done much healing

Hello
Can you hear me?
I'm in California dreaming about who we used to be
When we were younger
And free
I've forgotten how it felt before the world fell at our feet

There's such a difference
Between us
And a million miles

Hello from the other side
I must've called a thousand times
To tell you I'm sorry
For everything that I've done
But when I call you never
Seem to be home

Hello from the outside
At least I can say that I've tried
To tell you I'm sorry
For breaking your heart
But it don't matter, it clearly
Doesn't tear you apart anymore
Oohh, anymore
Oohh, anymore
Oohh, anymore
Anymore

Hello
How are you?
It's so typical of me to talk about myself
I'm sorry, I hope
That you're well
Did you ever make it out of that town
Where nothing ever happened?

It's no secret
That the both of us
Are running out of time

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Partilha Abismos


EssAe silêncio
tão solitário
adentra a alma

cala a manhã

nubla a tarde
acinzenta os sonhos
que no peito arde.
Clamo pra lua
conto os segredos
dessa saudade
que cobre a rua
dói com alarde
na indiferença
do amor que parte.
Então penso,
somos templários,
violamos a calma,
ávidos, com alarde,
sem temer o medo,
somos única presença.
pão que consumimos,
o vinho que se reparte.

Gustavo Antonio Drummond 
Nicecanini.

Eu sou o viajante do deserto que, no regresso,
 diz: viajei apenas para procurar as minhas próprias pegadas.
 Sim, sou aquele que viaja apenas para se cobrir de saudades.
 Eis o deserto, e nele me sonho;
eis o oásis, e nele não sei viver.
MIA COUTO

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Vestida de mim


Hoje é dia de escrever novos capítulos, beber em novas fontes, colher novas flores, plantar novas sementes, cantarolar outras músicas, rever escritos estimados, tomar café quente numa xícara linda, passar com afinco os babados da saia e sair para percorrer os caminhos no mundo.
Hoje vou sem mapa, sem guia, sem ideia pré-concebida.
Hoje vou sair vestida de mim e voltar mais apaziguada que nunca.
|Cláudia Dornelles|

sábado, 28 de janeiro de 2017

FRAGMENTOS

O amor era tão exagerado
que explodiu em cacos,
fragmentos espalhados
por esquinas, lua, becos.
Em locais inusitados,
estilhaços frágeis, fracos,
tanto trabalho pra juntar;
lentamente restaurado.
Obra quase primorosa,
ternuras expostas/cicatrizes,
sentimento costurado,
Colados os deslizes;
uma plástica imperiosa
corações reimplantados.

(gustavo drummond)