sexta-feira, 30 de julho de 2010

GARGANTA



De tanto chamar seu nome,
De tanto clamar sua presença,
A voz rouca quase some,
árida, parece ter um espinho
atravessado. Intensa insistência;
Nem o melhor vinho,
ameniza.
a água mais pura,
desce tropeçando.
gotas de menta,
chá de hortelã,
nada cura,
segue arranhando,
até depois de amanhã.
Gritando para paredes,
ecos que voce não escuta.
Aflição e tormenta,,
Fome, sede;
Dose dupla
de agonia.
A garganta em chamas,
esgota-se a esperança;
finda o dia,
morre a poesia,
Amor também se cansa
de esperar!

[gustavo drummond]

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