quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Silenciosamente - in the silence - Banda Universo

 

“A vida tem me ensinado muito. Tenho visto que pela aparência não se mostra a essência. (...) Que falar de amor nem sempre significa amar. Aprendi que temos que ver com o olhar da alma, apreciar com o coração e viver com a emoção. E que para ser forte é preciso ter coragem para chorar.”
Irma Jardim

domingo, 15 de janeiro de 2023


 A desilusão é a consequência de ter vivido coisas inesquecíveis, com pessoas inesquecivelmente decepcionantes.



(Suzana esteves Nunes)

You and me - Alice Cooper 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Ponte sobre águas turvas


 Sentimentos em Silêncio


É dentro de cada ser, que encontramos sentimentos distintos, mas por fora deles se escondem atrás dos olhos.
E é em cada olhar, que sentimos a candura do amor, ou a maldade escorrendo em lágrimas.
E cada palavra proferida com rancor é açoite que fere a alma, são ruídos que deixam sentimentos em ruínas... E o silêncio é dor...

Marco A. Alvarenga

domingo, 8 de janeiro de 2023

Vida sem Amor

Inteligência sem amor, te faz perverso.

Justiça sem amor, te faz implacável.

Diplomacia sem amor, te faz hipócrita.

Êxito sem amor, te faz arrogante.

Riqueza sem amor, te faz avaro.

Docilidade sem amor, te faz servil.

Pobreza sem amor, te faz orgulhoso.

Beleza sem amor, te faz ridículo.

Autoridade sem amor, te faz tirano.

Trabalho sem amor, te faz escravo.

Simplicidade sem amor, te deprecia.

Tragédia sem amor, se faz tristeza.

Fé sem amor, te faz fanático.

A cruz sem amor, se faz tortura.

A vida sem amor......não faz sentido.

DA. 

sábado, 7 de janeiro de 2023

Maneiras de falar de Amor ...

 São demasiado pobres os nossos ricos" 

A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.

A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.


O maior sonho dos nossos novos-rícos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito concavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.

As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos!


São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.


#MiaCouto, em ‘Pensatempos. Dez. 2002

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

 ..


"
Por tudo o que fomos.

Por tudo o que não conseguimos ser. 

Por tudo que se perdeu.

Por termos nos perdido. 

Pelo que queríamos que fosse e não foi. 

Pela renúncia.

Por valores não dados.

Por erros cometidos.

Acertos não comemorados.

Palavras dissipadas.

Versos brancos.

Chorei pela guerra cotidiana.

Pelas tentativas de sobrevivência.

Pelos apelos de paz não atendidos.

Pelo amor derramado.

Pelo amor ofendido e aprisionado.

Pelo amor perdido.

Pelo respeito empoeirado em cima da estante.

Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa.

Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados.

Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa.

Por tudo que foi e voou.

E não volta mais, pois que hoje é já outro dia.

Chorei.

Apronto agora os meus pés na estrada.

Ponho-me a caminhar sob sol e vento.

Vou ali ser feliz e já volto."


Caio Fernando Abreu

••

Não escrevo para que entendas o que teu coração nem sente Mas quando passar o tempo poderás lamentar eternamente... Não escrevo para que relembres o que nunca fostes capaz de ser, diante do amor aberto que perdestes por estupidez... Não escrevo para que entendas ou relembres. Nada disso. O verso é minha expressão no tempo A palavra refletindo o pensamento Entendimento dos sentimentos... Não escrevo para que me ames nem me odeies. É só um desejo. Encerrando tantas fases, Reciclando antigos versos transformando eterno Adeus em novos Recomeços...

 [Reggina Moon]