Os Sensíveis
Os sensíveis sofrem mais por serem sensíveis, ou são sensíveis por sofrerem mais? Não importa se discutir ”qual o sexo dos anjos”, o que monta é se discernir, que os sensíveis, por serem bem mais espiritualizados, sentem e se abatem muito mais, pois sempre estão desarmados e nunca acautelados, contra a vilania dos golpes fatais. São eles, mansos angelicais.
Por mais que empreendam mudar, não o conseguem e logo percebem, que em verdade, continuam a penar. Uma pena que não elegeram, mas que dela jamais vão se apartar. Dão ares de crianças-adultas, indefesas e expostas a todas às vicissitudes e malícias. Por vezes, tentam se impor ao se exibirem durões, mas não passam de bisonhos arcanjos bobalhões.
Choram, se abatem, mas em seguida perdoam, parecem sempre aptos à sofreguidão e decepção, pois até, quando reagem e com sua atitude magoam, logo se arrependem e reparam com generosidade e emoção: Os sensíveis, pensam, intuem, sentem... E agem com o coração!
Antônio Poeta
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Aquele Olhar
Esperei a vida inteira por palavras
Sem saber que os olhos podiam falar.
Será que no tempo eu posso voltar?
– ah se eu tivesse notado aquele olhar!
Veria com outros olhos, olhos de quem
Sabe escutar.
Hoje eu escuto ladainhas em forma
De prantos, cada gota de lágrima
São palavras vindas da alma que
Me faz recordar...
Será que no tempo eu posso voltar?
– ah se eu tivesse de novo aquele olhar!
Diria aos seus olhos, todas as poesias
Que os meus chorou ao me emocionar,
Pensando que seus olhos são memórias
De palavras que nunca escutei.
( Flávio Cardoso Reis )
Sem saber que os olhos podiam falar.
Será que no tempo eu posso voltar?
– ah se eu tivesse notado aquele olhar!
Veria com outros olhos, olhos de quem
Sabe escutar.
Hoje eu escuto ladainhas em forma
De prantos, cada gota de lágrima
São palavras vindas da alma que
Me faz recordar...
Será que no tempo eu posso voltar?
– ah se eu tivesse de novo aquele olhar!
Diria aos seus olhos, todas as poesias
Que os meus chorou ao me emocionar,
Pensando que seus olhos são memórias
De palavras que nunca escutei.
( Flávio Cardoso Reis )
domingo, 26 de dezembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
POETA TEIMOSO
Escreve sem inspiração,
inventa palavras cruzadas,
materializa sentimentos,
aproxima palavras, em oração,
ameniza tormentos,
maximiza a leveza,
intensifica o lirismo,
ídilios, versos de nobreza,
reinventa o romantismo,
canta as dores suas,
assume o sofrer alheio,
veste as musas de nuas,
se encontra em cantos e meios,
no âmago da sensibilidade,
cria com criatividade,
encanta o encantado,
desencarna o passado,
anônimo, famoso,
apenas um poeta teimoso.
[gustavo drummond]
Escreve sem inspiração,
inventa palavras cruzadas,
materializa sentimentos,
aproxima palavras, em oração,
ameniza tormentos,
maximiza a leveza,
intensifica o lirismo,
ídilios, versos de nobreza,
reinventa o romantismo,
canta as dores suas,
assume o sofrer alheio,
veste as musas de nuas,
se encontra em cantos e meios,
no âmago da sensibilidade,
cria com criatividade,
encanta o encantado,
desencarna o passado,
anônimo, famoso,
apenas um poeta teimoso.
[gustavo drummond]
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
VOX VICTIMAE
Morto! Consciência quieta haja o assassino
Que me acabou, dando-me ao corpo vão
Esta volúpia de ficar no chio
Fruindo na tabidez sabor divino!
Espiando o meu cadáver ressupino,
No mar da humana proliferação,
Outras cabeças aparecerão
Para compartilhar do meu destino!
Na festa genetlíaca do Nada,
Abraço-me com a terra atormentada
Em contubérnio convulsionador...
E ai! Como é boa esta volúpia obscura
Que une os ossos cansados da criatura
Ao corpo ubiqüitário do Criador!
Augusto dos Anjos
REVELAÇÃO
I
Escafandrista de insondado oceano
Sou eu que, aliando Buda ao sibarita,
Penetro a essência plásmica infinita,
- Mãe promíscua do amor e do ódio insano!
Sou eu que, hirto, auscultando o absconso arcano,
Por um poder de acústica esquisita,
Ouço o universo ansioso que se agita
Dentro de cada pensamento humano!
No abstrato abismo equóreo, em que me inundo,
Sou eu que, revolvendo o ego profundo
E a escuridão dos cérebros medonhos,
Restituo triunfalmente à esfera calma
Todos os cosmos que circulam na alma
Sob a forma embriológica de sonhos!
II
Treva e fulguração; sânie e perfume;
Massa palpável e éter; desconforto
E ataraxia; feto vivo e aborto...
- Tudo a unidade do meu ser resume!
Sou eu que, ateando da alma o ocíduo lume,
Apreendo, em cisma abismadora absorto,
A potencialidade do que é morto
E a eficácia prolífica do estrume!
Ah! Sou eu que, transpondo a escarpa angusta
Dos limites orgânicos estreitos,
Dentro dos quais recalco em vão minha ânsia,
Sinto bater na putrescível crusta
Do tegumento que me cobre os peitos
Toda a imortalidade da Substância!
Augusto dos Anjos
Morto! Consciência quieta haja o assassino
Que me acabou, dando-me ao corpo vão
Esta volúpia de ficar no chio
Fruindo na tabidez sabor divino!
Espiando o meu cadáver ressupino,
No mar da humana proliferação,
Outras cabeças aparecerão
Para compartilhar do meu destino!
Na festa genetlíaca do Nada,
Abraço-me com a terra atormentada
Em contubérnio convulsionador...
E ai! Como é boa esta volúpia obscura
Que une os ossos cansados da criatura
Ao corpo ubiqüitário do Criador!
Augusto dos Anjos
REVELAÇÃO
I
Escafandrista de insondado oceano
Sou eu que, aliando Buda ao sibarita,
Penetro a essência plásmica infinita,
- Mãe promíscua do amor e do ódio insano!
Sou eu que, hirto, auscultando o absconso arcano,
Por um poder de acústica esquisita,
Ouço o universo ansioso que se agita
Dentro de cada pensamento humano!
No abstrato abismo equóreo, em que me inundo,
Sou eu que, revolvendo o ego profundo
E a escuridão dos cérebros medonhos,
Restituo triunfalmente à esfera calma
Todos os cosmos que circulam na alma
Sob a forma embriológica de sonhos!
II
Treva e fulguração; sânie e perfume;
Massa palpável e éter; desconforto
E ataraxia; feto vivo e aborto...
- Tudo a unidade do meu ser resume!
Sou eu que, ateando da alma o ocíduo lume,
Apreendo, em cisma abismadora absorto,
A potencialidade do que é morto
E a eficácia prolífica do estrume!
Ah! Sou eu que, transpondo a escarpa angusta
Dos limites orgânicos estreitos,
Dentro dos quais recalco em vão minha ânsia,
Sinto bater na putrescível crusta
Do tegumento que me cobre os peitos
Toda a imortalidade da Substância!
Augusto dos Anjos
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
EU
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
sábado, 23 de outubro de 2010
Dever de Sonhar
Eu tenho uma espécie de dever,
dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um
espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor
espetáculo que posso.
E, assim, me construo a
ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco,
cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.
Fernando Pessoa
Eu tenho uma espécie de dever,
dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um
espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor
espetáculo que posso.
E, assim, me construo a
ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco,
cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.
Fernando Pessoa
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
ternura
"Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas."
.
(Eugénio de Andrade)
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas."
.
(Eugénio de Andrade)
domingo, 10 de outubro de 2010
Aprendi ...
Aprendi , que amores eternos podem acabar em uma noite .
Que grandes amigos podem se tornar ferrenhos inimigos .
Que o amor, sozinho , não tem a força que imaginei .
Que ouvir aos outros é o melhor remédio e o pior veneno.
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade , afinal gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos .
Que confiança em si mesmo não é questão de luxo , e sim de sobrevivência .
Que os poucos amigos que te apóiam na queda são muito mais fortes do que os muitos que te empurram .
Que o 'nunca mais' nunca se cumpre .
Que o 'para sempre' sempre acaba .
Que minha família , com suas mil diferenças , está sempre aqui quando eu preciso .
Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe e o abraço de pai desde que o mundo é mundo .
Que vou sempre me surpreender , seja com os outros ou comigo mesmo .
Que vou cair e levantar milhões de vezes , e ainda não vou ter aprendido tudo!
(Willian Sheakespeare)
Que grandes amigos podem se tornar ferrenhos inimigos .
Que o amor, sozinho , não tem a força que imaginei .
Que ouvir aos outros é o melhor remédio e o pior veneno.
Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade , afinal gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos .
Que confiança em si mesmo não é questão de luxo , e sim de sobrevivência .
Que os poucos amigos que te apóiam na queda são muito mais fortes do que os muitos que te empurram .
Que o 'nunca mais' nunca se cumpre .
Que o 'para sempre' sempre acaba .
Que minha família , com suas mil diferenças , está sempre aqui quando eu preciso .
Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe e o abraço de pai desde que o mundo é mundo .
Que vou sempre me surpreender , seja com os outros ou comigo mesmo .
Que vou cair e levantar milhões de vezes , e ainda não vou ter aprendido tudo!
(Willian Sheakespeare)
sábado, 2 de outubro de 2010
POETA-PALHAÇO
Esculpe versos tão belos, fala, fluente, de amor
semeia alegria, jardim de versos, encanto,
sensações e adjetivos que não tem na vida.
no escuro, sua alma tinge de toda cor,
demonstra sentidos, sentimentos, acalantos,
sobrepõe a dor aguda, a dolorida ferida,
disfarça a cólica, hemorragia da mente,
cria verdades que desconhece no momento,
ser poeta; se veste de palhaço por dentro,
encena sorrisos, arco-íris, borboletas astrais,
ninguém sabe, que a alma do vate demente,
está ocupada com estigmas, fendas, sinais,
imersos em lágrimas, que insiste não haver,
tenta ser super-homem; o humano habitual.
um dia, tomara, todos vão entender,
que nas entrelinhas dos versos; vive seu mal,
camuflado em fantasia,
felicidade postiça,
visível ironia,
que o enfeitiça.
[gustavo drummond]
sábado, 18 de setembro de 2010
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
sábado, 11 de setembro de 2010
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do fabio junior. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Frases de Clarice
E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.
Não sei se quero descansar, por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir.
O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?
O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se entendesse.
Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
Ando de um lado para outro, dentro de mim.
Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.
Porque, às vezes, acordar tem lá suas muitas desvantagens.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.
Por enquanto estou inventando a tua presença...
Que medo alegre, o de te esperar.
Clarice Lispector
Não sei se quero descansar, por estar realmente cansada ou se quero descansar para desistir.
O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?
O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se entendesse.
Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
Ando de um lado para outro, dentro de mim.
Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros.
Porque, às vezes, acordar tem lá suas muitas desvantagens.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.
Por enquanto estou inventando a tua presença...
Que medo alegre, o de te esperar.
Clarice Lispector
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
GARGANTA
De tanto chamar seu nome,
De tanto clamar sua presença,
A voz rouca quase some,
árida, parece ter um espinho
atravessado. Intensa insistência;
Nem o melhor vinho,
ameniza.
a água mais pura,
desce tropeçando.
gotas de menta,
chá de hortelã,
nada cura,
segue arranhando,
até depois de amanhã.
Gritando para paredes,
ecos que voce não escuta.
Aflição e tormenta,,
Fome, sede;
Dose dupla
de agonia.
A garganta em chamas,
esgota-se a esperança;
finda o dia,
morre a poesia,
Amor também se cansa
de esperar!
[gustavo drummond]
sábado, 17 de julho de 2010
Não me abandone
Quando a chuva vem e canta o meu desespero
Sobre este inferno que é viver sem você
Ouço vozes que se misturam a tua imagem
Tu és quem eu quero, porque sei quem tu és
A rima perfeita deste meu poema
O meu amor querido
Deixar-te-ei entrar em meus escritos
Inundarei a ti com palavras de amor
Poetarei o amor em sua plenitude
Oh! Deixe-me entrar em tua vida
Abra-me as portas do teu coração
E receba este poema perfumado de paixão
Pode me deixar só se quiser
Mas, por favor,
Não me abandone
Luamor
sexta-feira, 16 de julho de 2010
DIFERENÇAS
Sou o presente consciente,
Voce o futuro, e previsões,
Minha música é agitada,
a sua româtica ao extremo.
Somos diferenças
que convivem harmônicas.
Sei quase tudo que sente,
Voce me conhece por advinhações,
É a estrela raiada,
Sempre teimo,
ser lua ao meio-dia.
Ouço bandas de rock progressivo,
gosta do clássico, filarmônica.
Voce tão pura, sou só heresia.
Diferentes nas coincidências,
iguais nas divergências
Sustenido, bemol,
Leio Garcia Marques, Neruda,
Gosta de poesias, doces poemas,
Seu jeito zen, minha fé real.
Voce vai de Paris,
sou mais Aruba,
Teatro/cinema,
Retiro/carnaval.
Guerrilhera/Estrangeiro.
No amor,
habitamos mesma aldeia,
Compartilhamos igual ceia,
Nos somos primordiais,
Nos bastamos, sem parâmetros,
distintos mais iguais,
nos entendemos,
nos adversos,
assinamos mesmos versos,
paradoxos lilás,
muito mais ...
[gustavo drummond]
quarta-feira, 14 de julho de 2010
A felicidade é como uma obra de artesanato:
fio por fio,fibra por fibra.
fio por fio,fibra por fibra.
Ela não nasce feita, ela se faz,minuto a minuto na prática
do Bem,na paz da consciência. Mas, quando
ela chega é para ficar,é SUA,
do Bem,na paz da consciência. Mas, quando
ela chega é para ficar,é SUA,
definitivamente, SUA.
(ad) - by Maria Paula
Só se ama (só nos apaixona, só nos
gratifica plenamente) o que assusta..
Só o medo leva os passos da vontade
em direção ao perigo e ao prazer de viver..
Querer é temer, viver é enfrentar o perigo!..
¬Clarice Lispector¬
gratifica plenamente) o que assusta..
Só o medo leva os passos da vontade
em direção ao perigo e ao prazer de viver..
Querer é temer, viver é enfrentar o perigo!..
¬Clarice Lispector¬
terça-feira, 13 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca. [Lispector]
Ou toca, ou não toca. [Lispector]
Não me mostre o que esperar de mim, por que vou seguir meu coraçao! Nao me faça ser o que não sou,não me convide a ser igual, por que sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade,não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chao. (Clarisse Lispector)
Nao te Amo ; Te AMO !
NÃO TE AMO; EU TE AMO
Como um projeto elaborado
em papel vegetal,
Um sonho desenhado;
por carência; fundamental.
Um protótipo de beleza
admirável.
Maquete de futura
construção.
Rascunhos distorcidos
dos sentimentos meus.
Te amo com a entrega
de um kamikaze jovem.
Como o soldado mutilado
e solitário,
ama a única perna.
Exatamente como é,
sem artifícios, adereços.
Festa e calvário,
Ira e apreço.
Assim; com seus atributos,
defeitos.
Virtudes contagiantes,
erros.
Sem nada mudar,
nem subtrair ou acrescentar.
Te amo como é e está.
[gustavo drummond]
Como um projeto elaborado
em papel vegetal,
Um sonho desenhado;
por carência; fundamental.
Um protótipo de beleza
admirável.
Maquete de futura
construção.
Rascunhos distorcidos
dos sentimentos meus.
Te amo com a entrega
de um kamikaze jovem.
Como o soldado mutilado
e solitário,
ama a única perna.
Exatamente como é,
sem artifícios, adereços.
Festa e calvário,
Ira e apreço.
Assim; com seus atributos,
defeitos.
Virtudes contagiantes,
erros.
Sem nada mudar,
nem subtrair ou acrescentar.
Te amo como é e está.
[gustavo drummond]
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Eu... ... ...
Às vezes sou oceano,
Sou deserto,
Às vezes estou distante,
Outras vezes muito perto;
Às vezes sou antídoto,
Sou veneno.
Às vezes sou gigante,
Outras vezes sou pequena;
Às vezes sou presença,
Sou saudades.
Às vezes sou inteira,
Outra vezes sou metade;
Às vezes sou estrela,
Sou breu,
Às vezes sou você,
Outras vezes sou eu;
Às vezes sou sorriso,
Às vezes lágrimas,
Às vezes sou tudo,
Outras vezes não sou nada.
[ad]
Às vezes sou oceano,
Sou deserto,
Às vezes estou distante,
Outras vezes muito perto;
Às vezes sou antídoto,
Sou veneno.
Às vezes sou gigante,
Outras vezes sou pequena;
Às vezes sou presença,
Sou saudades.
Às vezes sou inteira,
Outra vezes sou metade;
Às vezes sou estrela,
Sou breu,
Às vezes sou você,
Outras vezes sou eu;
Às vezes sou sorriso,
Às vezes lágrimas,
Às vezes sou tudo,
Outras vezes não sou nada.
[ad]
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Hoje estou triste
Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
( Poema de JG de Araujo Jorge
" O Poder da Flor " - 1969 )
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Essencial
Ele nao sabia ser feliz
de outra maneira
Amor para ele
era algo importante
Diriamos assim ...
Essencial sabe ?
O seu jeito
de ver o amor era intenso
Incluia lua, estrelas,
beijos, dengos ...
Tinha que ter os pes no chao sim ...
Mas poderia
e deveria ter sonhos ...
Incluindo nuvens,
ceu, mel e flor
_ Arnaldo Rabelo
Ele nao sabia ser feliz
de outra maneira
Amor para ele
era algo importante
Diriamos assim ...
Essencial sabe ?
O seu jeito
de ver o amor era intenso
Incluia lua, estrelas,
beijos, dengos ...
Tinha que ter os pes no chao sim ...
Mas poderia
e deveria ter sonhos ...
Incluindo nuvens,
ceu, mel e flor
_ Arnaldo Rabelo
terça-feira, 8 de junho de 2010
QUANDO chegares...
Não sei se voltarás
Sei que te espero
QUANDO chegares Chegues,
Ainda estarei de pé, Mesmo sem dia,
Mesmo Que Seja Noite, ainda estarei de pé.
A gente FICA acordado sempre
nessa agonia,
À Espera de amor que acaba sendo fé ...
QUANDO chegares Chegues,
se Houver tempo, colheremos frutos Ainda, como ontem,
a sós,
se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos Por NÓS ...
JG de Araújo Jorge
quinta-feira, 27 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
GARRA DOS SENTIDOS
Cantar amores.
Não quero,
Amores São Passos Perdidos,
São frios raios solares,
Verdes garras dos sentidos.
São Cavalos Corredores
Com asas de ferro e chumbo,
Nas Caídos Águas fundas,
Não Quero cantar amores.
Paraísos Proibidos,
Contentamentos injustos,
Feliz adversidade,
São Amores perdidos Passos.
São demências dos olhares,
Alegre festa de pranto,
São furor obediente,
São frios raios solares.
Dá má sorte defendidos
Os Homens de bom Juízo
Tem NASprodigiosas Mãos
Verdes garras dos sentidos.
Não Quero cantar amores
Nem Falar dos Motivos SEUS.
[Agustina Bessa-Luís]
Portugal -1922
Não quero,
Amores São Passos Perdidos,
São frios raios solares,
Verdes garras dos sentidos.
São Cavalos Corredores
Com asas de ferro e chumbo,
Nas Caídos Águas fundas,
Não Quero cantar amores.
Paraísos Proibidos,
Contentamentos injustos,
Feliz adversidade,
São Amores perdidos Passos.
São demências dos olhares,
Alegre festa de pranto,
São furor obediente,
São frios raios solares.
Dá má sorte defendidos
Os Homens de bom Juízo
Tem NASprodigiosas Mãos
Verdes garras dos sentidos.
Não Quero cantar amores
Nem Falar dos Motivos SEUS.
[Agustina Bessa-Luís]
Portugal -1922
quinta-feira, 13 de maio de 2010
SOBRE VERDADES ...
"Cada um tem de mim exatamente o que cativou,
e cada um é responsável pelo que cativou,
não suporto falsidade e mentira,
a verdade pode machucar,
mas é sempre mais digna.
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão.
Perder com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante.
Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos.
O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos!''
(Charles Chaplin)
domingo, 9 de maio de 2010
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.
Ou toca, ou não toca.
Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.
Clarice Lispector
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.
Fernando Pessoa
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.
terça-feira, 4 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Falar é completamente fácil,
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.
Carlos Drummond de Andrade
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.
A UM AUSENTE ...
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste
terça-feira, 27 de abril de 2010
Lispector
“Não me provoque, tenho armas
escondidas...
Não me manipule, nasci pra ser livre...
Não me engane, posso não resistir..
Não grite, tenho péssimo hábito de
revidar...
Não me magoe, meu coração já tem
muitas mágoas...
Não me deixe ir, posso não mais voltar...
Não me deixe só, tenho medo da escuridão...
Não tente me contrariar, tenho palavras que
machucam...
Não me decepcione, nem sempre consigo
perdoar...
Não espere me perder, para sentir minha
falta...“
escondidas...
Não me manipule, nasci pra ser livre...
Não me engane, posso não resistir..
Não grite, tenho péssimo hábito de
revidar...
Não me magoe, meu coração já tem
muitas mágoas...
Não me deixe ir, posso não mais voltar...
Não me deixe só, tenho medo da escuridão...
Não tente me contrariar, tenho palavras que
machucam...
Não me decepcione, nem sempre consigo
perdoar...
Não espere me perder, para sentir minha
falta...“
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.
[Fernando Pessoa]
sexta-feira, 23 de abril de 2010
...um amor especial
" Existem amores...
e existe um amor especial, apenas uma
vez em nossas vidas...
este tipo de amor pertence ao Céu,
é incondicional e ele será para sempre...
como uma marca cósmica,
uma infinita lágrima de alegria e um abraço sem fim! "
(ad)
e existe um amor especial, apenas uma
vez em nossas vidas...
este tipo de amor pertence ao Céu,
é incondicional e ele será para sempre...
como uma marca cósmica,
uma infinita lágrima de alegria e um abraço sem fim! "
(ad)
quarta-feira, 21 de abril de 2010
VIAGEM
De Beirute ao seu quintal,
Singro o céu de sua boca,
argonauta sensorial.
Visibilidade pouca,
Sentidos aguçados,
Sentimentos aflorados,
Jornada nas estrelas
ascendentes,
entre cometas ,
começo sem fim,
galopar intermitente,
desviando de planetas,
rosas, espinhos; jardins
suspensos.
Mapa traçado em alto relêvo,
Bússola de alta definição,
Arrisco-me, me atrevo
a percorrer suas sendas,
ingressar em suas fendas,
Astrolábio me indica seus lábios,
me perco nas encruzilhadas
de seus beijs dispersos.
Desvio-me de tantas ciladas,
até chegar ao ponto determinante,
determinado, cumpro a missão.
No exato instante,
que entro pela porta
inexistente.
Pobre demente,
corujas de óculos a me fitar,
árvores frondosas, penumbras,
vagalumes apagados,
arco-íris experimentados,
uma inquieta rumba,
norteia nossa dança
balanço inconstante,
vai de ômega a alfa,
persiste o bastante,
sem dizer adeus.
[gustavo drummond]
travessia
" Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
s a u d a d e !
" Não é sempre
Que a ausência deixa saudades.
Às vezes ...
Ela deixa pedaços de vento,
Que atravessam os nossos silêncios "
=- Bruno de Paula -=
,
terça-feira, 13 de abril de 2010
EQUILÍBRIO GUSTAVO DRUMMOND
Nem bem á direita,
menos pra a esquerda,
bem no centro,
no eixo,
o sustentáculo.
fiel da balança
imóvel.
Pondera,
mede
avalia,
analisa,
sem ceder,
contraria
leis,
não espera
acontecer.
O equilibrista chinês,
dança no arame teso,
leve, confiante,
minímamente espesso,
segue diante
até o fim do mes.
Conta até mil
antes de acontecer,
calmamente,
controla ações,
vigia reações,
silencia...
meticulosamente.
Entre o sul e o norte,
bem ao meio.
está o ideal,
empurre,
corte,
afaste,
obedeça o sinal
dos tempos.
mantenha-se
leal,
equilibradamente...
[gustavo drummond]
quinta-feira, 8 de abril de 2010
O verbo amar
Te amei: era de longe que te olhava
e de longe me olhavas vagamente...
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,
que a alma da gente faz escrava.
e de longe me olhavas vagamente...
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,
que a alma da gente faz escrava.
Te amava: como inquieto adolescente,
tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava.
tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava.
Te amo: e ao te amar assim vou conjugando
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...
Te amar: é mais que em verbo é a minha lei,
e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!
(JG de Araujo Jorge)
e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Tempo de adoração a Deus !!!
tempo de reflexão.........
Ainda hoje somos homens e mulheres de
passagens; somos filhos da Páscoa.
Os mares existem; os cativeiros também.
As ameaças são inúmeras. Mas haverá sempre
uma esperança a nos dominar; um sentido oculto
que não nos deixa parar; uma terra prometida
que nos motiva dizer: Eu não vou desistir!
O importante é saber, que em algum lugar deste
grande mar de ameaças, de alguma forma
estamos em travessia...
Pe. Fábio de Melo
quarta-feira, 31 de março de 2010
?
"...há impossibilidade de ser além do que se é -
no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio,
sou mais do que eu, quase normalmente -
tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação
de meu começo......
a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."
Clarice Lispector
sexta-feira, 26 de março de 2010
SOB OS TEUS PÉS
Tivesse eu as roupas bordadas do paraíso
tecidas com luz dourada e prateada
o azul e o escuro e os negros panos da noite
e a luz e as metades-luzes.
Eu espalharia essas roupas sob os teus pés.
Mas, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu tenho espalhado os meus sonhos sob os teus pés.
Por isso, pise suavemente;afinal, você está andando sobre os meus sonhos.
William Butler Yeats
vou ficar aqui te esperando ...
para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência,
é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.
Camilo Castelo Branco
quarta-feira, 24 de março de 2010
"O Amor...
É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"
segunda-feira, 15 de março de 2010
SEM AMOR
Um homem seu seu amor.
É terra árida, trincada.
Jardim despojado de flor.
Um campo sem manada.
Seara sem semeadura,
Mar sem navio.
Deserto deserto,
Secura,
Sem atavio,
Futuro incerto.
A mulher eleva o homem.
Sacia sua fome,
O alimenta de carinho,
É sua força,
Cálido ninho,
Sua calma,
Salva
De fogos de artifício,
Seu melhor ofício.
Sua chama,
Sua estação
Seu hangar,
Seu cantâro,
Toda paixão
Meu todo amar!...
[gustavo drummond]
quinta-feira, 11 de março de 2010
ah.. a saudade ...
Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Martha MedeirosTambém temos saudade do que não existiu, e dói bastante.
Carlos Drummond de AndradeSaudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem
Clarice LispectorQue saudade é o pior tormento, é pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar...
Chico BuarqueO tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
Mário Quintana
quarta-feira, 10 de março de 2010
Amiga Musa, tbém eh p vc !!!
CLASSIFICADO
Vendo
urgentemente,
desesperadamente.
por motivo de viagem.
mera sacanagem:
um coração usado,
em bom estado,
modelo
quase recente,
por vezes contente,
outras
nem tanto.
Por quanto?
qualquer tanto.
pós graduado em amar,
em bater
em compasso de samba.
a prova d'água,
poucas mágoas,
tanto amor.
Cor:
vermelha ou gris,
gosto de menta
ou anis.
vendo
ofegante,
dilacerante,
bastante
capaz
de
te
fazer
feliz!...
[gustavo drummond
segunda-feira, 8 de março de 2010
Cantares de Salomão (Bíblia Sagrada - cap. 8)
6. Põe-me como selo sobre o teu coração,
como selo sobre o teu braço;
porque o amor é forte como a morte;
o ciúme é cruel como o Seol;
a sua chama é chama de fogo,
verdadeira labareda do Senhor.
7. As muitas águas não podem apagar o amor,
nem os rios afogá-lo.
Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor,
seria de todo desprezado.
como selo sobre o teu braço;
porque o amor é forte como a morte;
o ciúme é cruel como o Seol;
a sua chama é chama de fogo,
verdadeira labareda do Senhor.
7. As muitas águas não podem apagar o amor,
nem os rios afogá-lo.
Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor,
seria de todo desprezado.
sábado, 6 de março de 2010
Exaltação do amor
Sofro, bem sei... Mas se preciso fôr
sofrer mais, mal maior, extraordinário,
sofrerei tudo o quanto necessário
para a estrêla alcançar... colher a flor...
Sofro, bem sei... Mas se preciso fôr
sofrer mais, mal maior, extraordinário,
sofrerei tudo o quanto necessário
para a estrêla alcançar... colher a flor...
Que seja imenso o sofrimento, e vário!Que eu tenha que lutar com força e ardor!Como um louco talvez, ou um visionário
hei de alcançar o amor... com o meu Amor!
hei de alcançar o amor... com o meu Amor!
Nada me impedirá que seja meu
se é fogo que em meu peito se acendeu
e lavra, e cresce, e me consome o Ser...
se é fogo que em meu peito se acendeu
e lavra, e cresce, e me consome o Ser...
Deus o pôs... Ninguém mais há de dispor!
Se êsse amor não puder ser meu viver
há de ser meu para eu morrer de Amor!
há de ser meu para eu morrer de Amor!
(Poema de JG de Araujo Jorge
do livro -Bazar de Ritmos- 1935)
do livro -Bazar de Ritmos- 1935)
Hoje estou triste
Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
( Poema de JG de Araujo Jorge
" O Poder da Flor " - 1969 )
Amor... Hoje estou triste... Nesses dias
a vida de repente se reduz
a um punhado de inúteis fantasias...
... Sou uma procissão só de homens nus...
Olho as mãos, minhas pobres mãos vazias
sem esperas, sem dádivas, sem luz,
que hão semear vagas melancolias
que ninguém vai colher, mas que compus...
Amor, estou cansado, e amargo, e só...
Estou triste mais triste e pobre do que Jó,
- por que tentar um gesto? E para quê?
Dê-me, por Deus, um trago de esperança...
Fale-me, como se fala a uma criança
do amor, do mar, das aves... de você!
( Poema de JG de Araujo Jorge
" O Poder da Flor " - 1969 )
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