quinta-feira, 30 de junho de 2011
lispector
"Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
terça-feira, 28 de junho de 2011
O que sei - Mauro Veras
é que as preces
salvam, não o corpo
mas a alma!
e que os olhos em janela
para o amor, trazem
mais que o infinito ...
e que o beijo do vento
são os lábios do Tempo
dizendo: estou contigo!
O que sei
é que és o que sei:
este sangue na veia do carinho,
este poema que a Poesia ofereceu ...
salvam, não o corpo
mas a alma!
e que os olhos em janela
para o amor, trazem
mais que o infinito ...
e que o beijo do vento
são os lábios do Tempo
dizendo: estou contigo!
O que sei
é que és o que sei:
este sangue na veia do carinho,
este poema que a Poesia ofereceu ...
REVIVENDO
Enxuguei o pranto,
E vesti a face com um sorriso.
Ascendi uma luz brilhante na alma,
Fiz disso minha bagagem...
Saí por aí, em busca da felicidade!
Ruth Maria Perrella_____
domingo, 26 de junho de 2011
"Linda homenagem a essa poetisa que amamos tanto! BY Reggina Moon
SOL VERMELHO
Falo de amor,
porque tudo me fala
Que ainda pensas em mim,
se for assim...
A minha voz não cala
é meu tesouro, meu ouro,
Só sei falar de amor...
no brilho das auroras,
Mas são malditas horas
que passo aqui, sem ti...
O sol vermelho queima,
e a minha alma teima
Em te trazer por fim...
meu coração poeta te ama,
Te declama versos de amor
sem lira...
Agora que descubro o rubro
da mentira,
Falo de amor , e anseio
que ainda haja um meio,
De estancar num beijo
saudades dessa louca...
Que vai falar de amor
enquanto houver desejo!!!
(Dorothy de Castro)
"Linda homenagem a essa poetisa que amamos tanto!
Falo de amor,
porque tudo me fala
Que ainda pensas em mim,
se for assim...
A minha voz não cala
é meu tesouro, meu ouro,
Só sei falar de amor...
no brilho das auroras,
Mas são malditas horas
que passo aqui, sem ti...
O sol vermelho queima,
e a minha alma teima
Em te trazer por fim...
meu coração poeta te ama,
Te declama versos de amor
sem lira...
Agora que descubro o rubro
da mentira,
Falo de amor , e anseio
que ainda haja um meio,
De estancar num beijo
saudades dessa louca...
Que vai falar de amor
enquanto houver desejo!!!
(Dorothy de Castro)
"Linda homenagem a essa poetisa que amamos tanto!
sexta-feira, 24 de junho de 2011
"...há impossibilidade de ser além do que se é -
no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio,
sou mais do que eu, quase normalmente -
tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação
de meu começo......
a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."
Clarice Lispector
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Amar
Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que só a ti dediquei...
O amor é quando a gente mora um no outro.
Mário Quintana
sábado, 18 de junho de 2011
SE TUDO NÃO FOSSE SONHO
Se tudo pudesse ser
Do jeito que é agora,
Do jeito em que me devora
Com tanta ânsia assim...
Se tudo fosse a você
O amor louco que me têm,
O amor que te contêm
Dentro d’alma pra mim...
Seria infinita a paixão,
Seria sem saudade ou ilusão
A forma louca d’eu te amar.
(Se tudo não fosse sonho)
O amor que te disponho,
Eu não mais queria acordar.
(Poeta Dolandmay)
Do jeito que é agora,
Do jeito em que me devora
Com tanta ânsia assim...
Se tudo fosse a você
O amor louco que me têm,
O amor que te contêm
Dentro d’alma pra mim...
Seria infinita a paixão,
Seria sem saudade ou ilusão
A forma louca d’eu te amar.
(Se tudo não fosse sonho)
O amor que te disponho,
Eu não mais queria acordar.
(Poeta Dolandmay)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
2. Desejos
Há lugares em que jamais pisaríamos, não fosse a ansiedade por viver e o medo por morrer. Lembro da enorme mangueira no quintal, e que eu subia e descia todos os dias em minha imaginação. Até hoje penso em retornar àquele quintal e subir até o galho mais alto e fino, como o macaco que foge da grande serpente ou do pesado leopardo, fugindo da morte e, ao mesmo tempo, se arriscando, no tombo, a conhecê-la.
É improvável que eu suba nela nalgum dia. Hoje, me submeto aos leopardos e às serpentes e me deixo morrer paulatinamente, por suas picadas e mordidas. E o céu já não me encanta, e o medo da morte já não me hipnotiza. E chegar no último galho poderia trazer a frustração de saber que a escalada não tem tanta sedução quanto a vontade necessária de percorrê-la. E eu prefiro a sedução. E eu preciso levar comigo aquela mangueira intransponível e impenetrável, como símbolo da vontade de chegar a lugares aonde jamais pisaríamos, não fossem o delírio e a precisão dos desejos.
E a imaginação, como porta, enlevando os desejos ...
Mauro Veras
É improvável que eu suba nela nalgum dia. Hoje, me submeto aos leopardos e às serpentes e me deixo morrer paulatinamente, por suas picadas e mordidas. E o céu já não me encanta, e o medo da morte já não me hipnotiza. E chegar no último galho poderia trazer a frustração de saber que a escalada não tem tanta sedução quanto a vontade necessária de percorrê-la. E eu prefiro a sedução. E eu preciso levar comigo aquela mangueira intransponível e impenetrável, como símbolo da vontade de chegar a lugares aonde jamais pisaríamos, não fossem o delírio e a precisão dos desejos.
E a imaginação, como porta, enlevando os desejos ...
Mauro Veras
Do livro CONTOS IN CON GRU ENTES (Obra literária sob registro ISBN 83-0615, CDD 861.4 CDU – 861.033, Prosa Brasileira Contemporânea, de 2005).
sexta-feira, 10 de junho de 2011
1. Pessoas
No princípio, eu acreditava que as pessoas eram simples e diferentes. Aquele era o tio, a outra era a prima, o médico, a professora e todos mais. Com o passar do tempo, e a troca dos espaços, suas faces de diversos matizes e formas não conseguiam mais ocultar suas aspirações e a complexidade por debaixo delas. As simples diferenças que carregavam dentro e mesmo fora, falsas ou reais, viravam materiais de emoção e a dor de sabê-las. Hoje, as observo pelas ruas, shoppings e noites, e vejo somente o quanto são únicas, em suas indumentárias comuns de ossos e carne.
Filosofias à parte, a parte que me tem tocado é a mesma que se pode observar nas estrelas em seus grupos de solidão, de solitárias luzes no todo de uma profunda escuridão. Através do breu da noite escura ou da agrura de olhar através da intensa claridade de seus brilhos, só se pode mesmo observar bem a escuridão imanente à sua volta. E elas estão ali, reluzentes, as estrelas cegas de si mesmas, como fossem pessoas pelo espaço celeste.
Gentes são como desejos complexos, relativas em seu brilho ou em sua tez opaca, e para quem tem sede de sabê-las jamais serão absolutas. E, ao gosto do tempo estanque e do espaço que gira, vão se tornando iguais em suas diferenças, tendo como pano de fundo o infinito do mundo.
Há lugares em que jamais pisaremos ...
Mauro Veras
Do livro CONTOS IN CON GRU ENTES (Obra literária sob registro ISBN 83-0615, CDD 861.4 CDU – 861.033, Prosa Brasileira Contemporânea, de 2005).
No princípio, eu acreditava que as pessoas eram simples e diferentes. Aquele era o tio, a outra era a prima, o médico, a professora e todos mais. Com o passar do tempo, e a troca dos espaços, suas faces de diversos matizes e formas não conseguiam mais ocultar suas aspirações e a complexidade por debaixo delas. As simples diferenças que carregavam dentro e mesmo fora, falsas ou reais, viravam materiais de emoção e a dor de sabê-las. Hoje, as observo pelas ruas, shoppings e noites, e vejo somente o quanto são únicas, em suas indumentárias comuns de ossos e carne.
Filosofias à parte, a parte que me tem tocado é a mesma que se pode observar nas estrelas em seus grupos de solidão, de solitárias luzes no todo de uma profunda escuridão. Através do breu da noite escura ou da agrura de olhar através da intensa claridade de seus brilhos, só se pode mesmo observar bem a escuridão imanente à sua volta. E elas estão ali, reluzentes, as estrelas cegas de si mesmas, como fossem pessoas pelo espaço celeste.
Gentes são como desejos complexos, relativas em seu brilho ou em sua tez opaca, e para quem tem sede de sabê-las jamais serão absolutas. E, ao gosto do tempo estanque e do espaço que gira, vão se tornando iguais em suas diferenças, tendo como pano de fundo o infinito do mundo.
Há lugares em que jamais pisaremos ...
Mauro Veras
Do livro CONTOS IN CON GRU ENTES (Obra literária sob registro ISBN 83-0615, CDD 861.4 CDU – 861.033, Prosa Brasileira Contemporânea, de 2005).
Assinar:
Postagens (Atom)