segunda-feira, 6 de janeiro de 2020


O mal de quem apaga 
As Estrelas
E não se lembrar
De que não é com candeias
Que se ilumina a vida.
(Miguel Traga)


VITORIOSA
(Ruth Maria Perrella)

Sou aquela que mostra a face
Não teme o desconforto da cavalgada
Nem mesmo o surdo batendo no peito
Na tentativa de confundir meu coração

Vejo passar almas obscuras
Na célere volúpia da posse
Me pergunto se é tão pobre a natureza
Ou se é tarde para ser verdadeira

Creio na arte de ser humana
No equilíbrio do moribundo
Apago portanto, o fogo-fátuo
Bendigo o eco fecundo do meu viver


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