Croniqueta
Deus me livre de ser normal, igual essa gente chata que finge ser feliz, finge ser realizada, finge entender de tudo, de política à filosofia, finge até ser normal...
Eu quero poder sentir minhas alegrias e expressá-las nas minhas gargalhadas, quero sentir minhas tristezas e desrepresá-las com minhas lágrimas, sentir saudade e suspirar de maneira profunda...
Ainda assim, sinto uma certa frustração por não conseguir ou não poder ser verdadeira como gostaria, então, chego à conclusão que preciso do corpo do meu texto para exprimir tudo aquilo que meu corpo precisa dizer, das figuras de linguagem para gritar o que minha boca ainda cala e da poesia para transbordar minha intensidade.
Ser compreendida? Aí é pedir demais, se as pessoas nem mesmo se entendem, como poderão entender minhas palavras? Alguns pararão para ler e refletir e são eles os seres especiais que me encorajam a prosseguir.
Vita Palugan
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