sexta-feira, 20 de setembro de 2024

domingo, 8 de setembro de 2024


 

Minha Alma está com Pressa

Contei meus anos e percebi que agora tenho menos tempo para viver do que já vivi.

Me sinto como aquela criança que ganhou um pacote de doces: no início, devorou cada um com entusiasmo, mas ao notar que o pacote estava esvaziando, começou a saboreá-los com mais cuidado, mais consciência.

Não tenho mais tempo para desperdiçar com reuniões intermináveis que nada produzem, onde o que importa é o status e a burocracia.

Não posso mais me permitir ficar ao lado de pessoas que, apesar dos anos vividos, se recusam a amadurecer.

Meu tempo é precioso demais para discussões vazias. Quero o essencial, quero a substância. Minha alma tem pressa – e não há muitos doces sobrando no pacote.

Quero caminhar ao lado de pessoas verdadeiras, profundamente humanas. Pessoas que sabem rir de si mesmas, que não se deixam inflar pelo sucesso e que assumem suas responsabilidades sem fugir delas.

Quero estar com aqueles que defendem a dignidade, que buscam a verdade e que valorizam a honestidade.

É o essencial que faz a vida valer a pena.

Quero estar rodeado de pessoas que tocam o coração, que aprenderam com as quedas da vida a crescer com delicadeza e sensibilidade.

Sim, estou com pressa. Pressa de viver com a intensidade que só a maturidade pode proporcionar.

Não pretendo desperdiçar um só dos doces que restam. Tenho certeza de que os poucos que ainda me aguardam serão os mais saborosos que já provei.

Meu objetivo é chegar ao final pleno, em paz com aqueles que amo e com minha própria consciência.

Nós temos duas vidas, e a segunda começa quando percebemos que só temos uma.

Estou vivendo a minha segunda vida.

E só tenho tempo para ser FELIZ!

(Stella Maris)



segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Saber demais...

 


"Há um tipo de tristeza que vem de saber demais, de ver o mundo como ele realmente é. 

É a tristeza de entender que a vida não é uma grande aventura, mas uma série de pequenos momentos insignificantes, que o amor não é um conto de fadas, mas uma emoção frágil e passageira, que a felicidade não é um estado permanente, mas um vislumbre raro e fugaz de algo que nunca poderemos segurar em cima. 

E nesse entendimento, há uma profunda solidão, um sentimento de ser separado do mundo, das outras pessoas, de si mesmo. "


Virgínia Woolf