Aprendi a gostar da chuva ainda menina.
Adorava o tilintar no beiral, nas latas d'água, no telhado que me abriagava.
O quintal era pura festa quando o céu se derramava. O chão molhado, um caderno gigante onde era possível desenhar com um graveto os meus sonhos de menina.
E eu navegava nas embarcações de papel que a enxurrada levava e imaginava que lá, muito distante, havia um mar sem tamanho onde o rio desaguava.
Ainda me encanto com a chuva, com a melodia da chuva, com a paz e calmaria que a chuva traz.
Ainda me vejo menina, numa embarcação de papel que não se desfez com o tempo, nem com a força das águas.
Da.
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