terça-feira, 31 de dezembro de 2024

 Acho que finalmente envelheci.

Hoje, quando o passado bate à porta,

não me viro mais, não paro para responder,

e continuo caminhando.

Aprendi que, quando tudo desaba

e à vida me desafia,

é apenas um lembrete: o tempo que me resta

é para ser vivido, não desperdiçado.

Carrego anos suficientes para saber:

o passado não é um lar, é uma lição.

Não se vive dele, se cresce com ele.

Não apago o que fui, nem renego o que vivi.

Mas entendi que há guerras que só se vencem

quando temos coragem de abandoná-las.

E a verdadeira vitória? Seguir em frente.

 Fernando Garcia



segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Gente assim...

 "Existem pessoas que ficam na vida da gente...

Ficam de longe;

Com outras vidas... outros amores... outros amigos ... Outra realidade.

Tem gente que nunca vai embora.

Não são esquecidos...

São como cheiro que insere no corpo uma sensação gostosa de pertencimento sem ter, sem possuir...

Ficam na saudade...

 na lembrança...

nas histórias...

E quem sabe um dia talvez,  fique novamente em um novo encontro!

Tem gente que mesmo indo... não vai embora,

Fica ali, guardadinho, em uma  gavetinha  do pensamento da gente."

Luciana Martins

_ " Um dia "

 Nunca confiamos o suficiente naqueles que aceitam tudo em silêncio, que suportam o insuportável e ainda encontram força para sorrir. A submissão deles parece um poço sem fundo, e sua tolerância, uma fortaleza inabalável. Mas isso é só a superfície.

Um dia, de repente, eles param o jogo. Viram as costas, fecham uma porta com firmeza, e quando o fazem, é para sempre. Não há súplicas, argumentos ou arrependimentos que os façam voltar. Porque, por dentro, eles já estavam partindo há muito tempo.

Essas almas silenciosas esgotaram-se de tanto ceder, tanto engolir, tanto resistir. Suas contas emocionais ficaram bloqueadas, seus limites foram ultrapassados, e o adeus já havia sido decidido muito antes de ser anunciado. Quando finalmente dizem “basta”, é porque já desapareceram de onde um dia estiveram. E nada, absolutamente nada, os faz olhar para trás.

– Annie Dupere

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Feeling Good - Michael

 *.* 


Às vezes tudo se ilumina de uma intensa realidade

E é como se agora este pobre, este único, este efêmero

instante do mundo

Estivesse pintado numa tela,

Sempre...


((Mário Quintana))


......

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

 "Eu era capaz de fazer tudo num dia. Resolvia, corria, resolvia mais um pouco.

 Era como se o tempo me desse asas e, entre um compromisso e outro, eu acreditava que o mundo esperava por mim. E ele esperava, ou assim eu pensava.

Agora, a vida mudou. Demoro uma semana pra não fazer nada, e talvez eu tenha aprendido que o "nada" também tem seu valor.

 A pressa que me empurrava já não faz tanto sentido. Porque, no fim das contas, de que adianta correr tanto se o que realmente importa muitas vezes passa despercebido?

Hoje, observo mais, sinto mais, vivo mais devagar. 

E nesse "não fazer nada" eu percebo que o tempo não é inimigo, mas um companheiro silencioso, que me ensina que nem tudo precisa ser corrido, que nem tudo precisa ser feito. Às vezes, só precisamos ser.

Talvez seja isso... viver não é sobre fazer tudo, mas sobre sentir o que realmente vale a pena."


- 🖋Angela Fernandes


domingo, 8 de dezembro de 2024


 A avó dizia com sabedoria incomparável: 

• Não são as costas que te machucam, é o peso invisível dos fardos emocionais que você insiste em carregar.

• Não são os olhos que doem, mas a angústia de ver injustiças ou aquilo que a alma não suporta enxergar.

• Não é a cabeça que lateja, mas o turbilhão de pensamentos que a sobrecarregam e não encontram descanso.

• Não é o pescoço que dói, mas as palavras engolidas, os gritos silenciados, ou as palavras de raiva que você solta sem querer.

• Não é o estômago que se contorce, é a vida que você não digere, os conflitos que não resolve.

• Não é o fígado que te atormenta, é a raiva acumulada que você insiste em armazenar.

• Não é o coração que está em dor, mas a ausência de amor, a falta de compaixão e o vazio deixado pelo carinho que você esquece de oferecer a si mesmo. 


E ela concluía: 

"Meu bem, o AMOR é a cura mais poderosa. Comece por amar a si mesmo, porque a paz que você procura começa dentro de você."



 

Um dia, o filho vai até o pai e pergunta:

— Pai, qual é o valor da minha vida?

O pai, sem responder diretamente, pega uma pedra e entrega ao menino.

— Filho, se você quer saber o valor da sua vida, pegue essa pedra e vá até o mercado. Se alguém perguntar o preço, não diga uma palavra. Apenas levante dois dedos.

O menino, curioso, faz exatamente como o pai pediu. Ele vai ao mercado, caminha entre as barracas, até que uma senhora idosa se aproxima.

— Quanto custa essa pedra? — pergunta ela.

O menino não responde nada, apenas levanta dois dedos.

— Dois reais? Eu levo!

Surpreso, o menino corre de volta para casa e conta ao pai:

— Pai, uma senhora no mercado queria me dar dois reais pela pedra!

O pai, calmamente, responde:

— Muito bem, filho. Agora quero que você vá ao museu. Leve a pedra e, se alguém perguntar o preço, não diga uma palavra. Apenas levante dois dedos.

O menino segue as instruções. Chegando ao museu, ele anda pelos corredores até que um homem bem vestido, de meia-idade, se aproxima e pergunta:

— Quanto custa essa pedra?

Sem dizer nada, o menino levanta dois dedos.

— Duzentos reais? Eu levo!

Novamente surpreso, o menino corre para casa.

— Pai, um homem no museu queria comprar a pedra por duzentos reais!

Com um leve sorriso, o pai diz:

— Certo, meu filho. Agora, quero que você vá até uma loja de pedras preciosas. Entre com a pedra e, se alguém perguntar o preço, não diga uma palavra. Apenas levante dois dedos.

O menino vai até a loja. Assim que entra, o dono da loja, um homem idoso, percebe a pedra e fica em choque. Ele corre até o menino, os olhos brilhando de emoção.

— Meu Deus! Essa pedra é única! Eu procurei por ela a vida inteira! Quanto você quer por ela?

O menino, sem falar nada, levanta dois dedos.

— Duzentos mil reais? Eu levo!

Eufórico, o menino pula de alegria e corre para casa o mais rápido que pode.

— Pai! O homem na loja de pedras preciosas queria me dar duzentos mil reais pela pedra!

O pai, com um olhar profundo, diz:

— Está vendo, meu filho? Agora você entende o valor da sua vida?

Ele continua:

— A vida é sobre onde você se coloca. Você pode ser uma pedra de dois reais ou uma pedra de duzentos mil reais. Existem pessoas para quem você será tudo, e outras que te tratarão como algo sem valor. Cabe a você decidir onde vai se posicionar e o valor que vai dar a si mesmo.

O menino ficou pensativo, mas ainda havia algo em seu coração que ele não compreendia completamente.

— Pai, por que algumas pessoas não conseguem enxergar o nosso valor?

O pai colocou a mão no ombro do filho e explicou:

— Nem todo mundo sabe reconhecer preciosidades, meu filho. Algumas pessoas enxergam apenas o que está na superfície. Outras, mais sábias, enxergam além. Mas, acima de tudo, quem precisa entender o seu valor é você. Quando você sabe o que carrega, ninguém pode fazer você se sentir menos do que realmente é.

O menino absorveu cada palavra, mas o pai não terminou:

— Lembre-se também, meu filho, de que o valor não está apenas na pedra. Está no esforço, no caminho percorrido e em como você decide usá-la. A pedra só foi reconhecida porque você se dispôs a mostrá-la nos lugares certos. Assim é a vida: o valor não é apenas sobre o que você tem, mas sobre como você cuida, compartilha e faz sua luz brilhar no mundo.

O menino, já com olhos brilhando, fez uma última pergunta:

— Pai, e se eu errar o caminho? E se eu acabar mostrando meu valor nos lugares errados?

Com um sorriso, o pai respondeu:

— Todos erram, filho. O importante é não permanecer em lugares que não te valorizam. A vida sempre nos dá novas chances para corrigir a rota. Quando você conhece o seu valor, não tem medo de recomeçar.

A partir daquele dia, o menino nunca mais duvidou de si mesmo. Ele cresceu com a certeza de que sua vida era preciosa e que cada decisão o ajudava a construir seu verdadeiro valor.

Moral da história: Saber o seu valor é essencial, mas saber onde colocá-lo é o que define seu impacto no mundo. Escolha os lugares e as pessoas que te ajudam a brilhar, e nunca aceite menos do que você merece.