"Algo está sempre por acontecer.
O imprevisto improvisado e fatal me fascina.
Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo.
Você tornou-se um eu.
É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas.
É tão silencioso.
Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois?
Dificílimo contar: olhei para você fixamente por uns instantes.
Tais momentos são o meu segredo.
Houve o que se chama de comunhão perfeita.
Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."
(Clarice Lispector)
Beijos meus..... by Reggina Moon
quinta-feira, 31 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
Amigos ! amigos ?
As Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!
Bob Marleysexta-feira, 25 de março de 2011
Punição do tempo
Punição do tempo
Punimos o tempo,
que tira da gente,
momentos de suaves delicias,
esse cruel movimento,
que vive a perseguir o amor,
condenamos o tempo,
que urge sem pudor,
e nem pedir licença,
nos aprisiona à um pouco tempo,
delimitando suas urgências,
quero poder atravessar o tempo,
e encontrar, quem o inventou,
deve ser um tal de senhor tempo,
que por correr tanto, nunca amou...
Paulo Alvarenga
quarta-feira, 23 de março de 2011
CARÊNCIA
Ah...carência...
carência é "phoda"...
nos leva a impropérios
avassaladores,
fugindo do pretérito
imperfeito,
preferindo o futuro
improvável...
impreterivelmente!
Marcia Mattoso
sexta-feira, 18 de março de 2011
VERMELHO
Minha pele púrpura rasgada
Queima chamuscada na lembrança
Do teu desejo faminto
Exposta e pedinte
Grito em apelo teu nome
Ouço vozes indefinidas
Vagos sons ambíguos
Onde perco a guia
Desfolhando pétalas
Desse amor disforme
Como o sol em brasa
O vinho que tinge
O sangue que escorre
E o rubi que cintila
Te amo vermelho
Púrpuro apelo que em mim explode
Pimenta que arde o corpo
Inflama os becos de minh'alma
Qual seiva a verter...
Te amo vermelho
Vermelho dor
Vermelho flor
Vermelho mais até
Que amor!
Ruth Maria Perrella
Solidão
Minha solidão é revolta,
ave que não se quer solta,
é tristeza revolta
que brota d’alma e não solta
- solidão de si mesmo!
Solidão requentada de ausências,
paladar de desistência.
Solidão retumbante, dura,
para dar desespero,
solidão pura, imensa dor de cimento!
Portos sem navio apontando o horizonte
ciência sem comprovação teórica
morte sem expiação que a desmonte
verdade sem desvio ou curva utópica
Um trem vagando pela madrugada,
por estações vazias, sem passageiros!
Vagando por mim, este microcosmo
de desejos, esperas ...
um verme lógico e descrente,
áspero e só!
Solidão que consome ...
ausência de janelas ligeiras e escancaradas ...
e quando ela ganhar a poeira da estrada
dentro da noite insone ?
Haverá um grande amor,
quimera redentora,
amizade duradoura,
ou outras mentiras!?
Eu e minha solidão revolta,
ave que não se quer solta
e queima em mim,
feito uma pira!
Mauro Veras
sábado, 12 de março de 2011
dificil entender...
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Lispector
quarta-feira, 9 de março de 2011
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