sexta-feira, 18 de março de 2011

VERMELHO



Minha pele púrpura rasgada
Queima chamuscada na lembrança
Do teu desejo faminto
Exposta e pedinte
Grito em apelo teu nome

Ouço vozes indefinidas
Vagos sons ambíguos
Onde perco a guia
Desfolhando pétalas
Desse amor disforme

Como o sol em brasa
O vinho que tinge
O sangue que escorre
E o rubi que cintila
Te amo vermelho

Púrpuro apelo que em mim explode
Pimenta que arde o corpo
Inflama os becos de minh'alma
Qual seiva a verter...

Te amo vermelho
Vermelho dor
Vermelho flor
Vermelho mais até
Que amor!


Ruth Maria Perrella

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